Anna Valéria Gueldini
Exames de rotina para a mulher ativa

Atualmente, as mulheres ativas acumulam várias tarefas diárias, como manter a vida profissional, cuidar da casa, cuidar dos filhos, dar suporte para a família, manter um bom relacionamento com seu parceiro (a) e manter uma boa aparência. Cuidar da própria saúde muitas vezes acaba ficando em segundo plano. Cuidar da saúde íntima então? Geralmente, só quando aparece algum sintoma.

Você sabia que o médico Ginecologista é o responsável pela Saúde da Mulher?
O Ginecologista acompanha as diferentes fases e transformações do corpo da mulher, desde a vida intra uterina, passando pela infância e adolescência, muito presente na vida reprodutiva, até o período pós menopausa. Cada um desses ciclos da vida feminina é marcado por particularidades. E o Ginecologista consegue auxiliar as mulheres na passagem por essas diferentes fases, preconizando cuidados essenciais com a saúde, orientando os melhores hábitos de vida, conscientizando sobre a importância da visitas regulares ao consultório médico e orientando a realização dos exames preventivos. A consulta ginecológica regular faz parte dos cuidados essenciais para a saúde feminina, independentemente da idade, pois ajuda a prevenir problemas futuros e a tratar doenças existentes. Mas você sabe com que idade uma menina deve fazer a primeira consulta ginecológica?

Quando se deve ir ao Ginecologista pela primeira vez?
Uma das dúvidas mais comuns é quando levar uma menina ou adolescente para fazer a primeira consulta ginecológica. Não existe uma regra clara para esse momento: as necessidades (e as dúvidas) são individuais e devem ser sempre respeitadas. É muito comum meninas acompanhadas das mães procurarem um ginecologista para orientações sobre a menstruação que está por vir, sobre uso dos diferentes tipos de absorventes e principalmente sobre contracepção e cuidados com infecções sexualmente transmissíveis antes da primeira relação sexual. Portanto, o ideal seria que a primeira consulta fosse antes do início da vida sexual.

Após início da vida sexual, eu preciso ir sempre ao Ginecologista?
Mulheres com vida sexual ativa devem estabelecer uma rotina anual com seu ginecologista. Nessa consulta de rotina, o ginecologista poderá acompanhar o histórico da paciente, fazer o exame clínico das mamas, do abdome e da pelve, e coletar material vaginal para análise. O exame que pode detectar precocemente o câncer de colo de útero, também chamado de Papanicolaou, deve ser feito no consultório ginecológico, uma vez por ano, em toda mulher entre 25 a 64 anos. Eventualmente, esse tempo deve ser reduzido se houver alguma alteração no colo do útero. Se a mulher tem duas coletas anuais seguidas com resultado normal, pode-se então colher material a cada três anos, de acordo com as normatizações vigentes do Ministério da Saúde.

Além de coletar material do colo uterino, o Ginecologista pode perceber através da palpação abdominal e pélvica se existe alguma irregularidade no útero, nas trompas e nos ovários e saber se há necessidade de realizar algum exame complementar, como a ultrassonografia.

O exame clínico das mamas também faz parte da rotina ginecológica anual feminina, que será complementada com ultrassom e/ou mamografia dependendo da idade e dos fatores de risco de cada mulher. No Brasil, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade por câncer de mama. Em casos específicos, como quando há histórico de casos de câncer de mama na família, o médico pode solicitar o exame em idades mais jovens e intervalos mais frequentes.

A preocupação com a saúde óssea é uma constante na vida feminina, especialmente após a menopausa, onde a osteoporose é a principal causa de fratura nas mulheres acima dos 50 anos. O ginecologista avaliará na consulta anual os fatores clínicos de risco para osteoporose, os níveis de vitamina D e solicitará, quando necessário, o exame de densitometria para avaliar a qualidade dos ossos. Além disso, o ginecologista deverá nesta rotina anual tentar intervir sobre os fatores de risco para osteoporose que são modificáveis nas mulheres na pós-menopausa, estimulando a prática de atividade física, o abandono do tabagismo, otimizando as medicações de uso contínuo que podem prejudicar a saúde dos ossos, bem como outros motivos que possam reduzir a massa óssea. Nesta fase de vida também torna-se importante a correção de déficits visuais e a implantação de medidas para minimizar o risco de quedas, com pequenas adaptações dentro do ambiente de convívio da mulher, como instalação de apoios e tapetes antiderrapantes no banheiro, eliminação de pisos escorregadios e tapetes soltos, melhorando a luminosidade da casa, bem como orientação sobre redobrar os cuidados com escadas e degraus.

Podemos então estabelecer uma agenda de exames da mulher ativa, que será individualizada de acordo com as necessidades de cada uma de nós e que pode ser modificada de acordo com o surgimento de sinais clínicos e/ou fatores de risco das diferentes doenças.

E você, já fez a sua rotina anual ginecológica?

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