Embora o fim do período reprodutivo seja algo natural, muitas mulheres ainda temem as consequências da queda dos hormônios. E infelizmente, ainda há muita desinformação sobre o tema.
Uma dúvida constante na prática clínica é sobre quais exames deve-se fazer após a interrupção das menstruações, ou seja, após o início da menopausa.
Afinal, se a menstruação já não existe, será preciso manter as consultas ginecológicas?
Deve-se ter em mente que as visitas periódicas ao ginecologista não terminam quando se chega à menopausa ou quando se encerra a vida sexual. E os exames preventivos devem ser realizados anualmente, de acordo com a individualização de cada situação de vida feminina, já que devem ser levadas em consideração as necessidades e as características clínicas de cada paciente.
Assim, os exames indispensáveis para manutenção da saúde feminina após a menopausa são:
EXAME CLÍNICO: realizado no consultório, é o momento em que o médico ginecologista complementa as informações relatadas pela paciente durante a consulta. Além do exame físico geral, o médico avalia a saúde das mamas, através da palpação, avalia a saúde vaginal através do exame especular e avalia as possíveis anormalidades pélvica através do exame de toque vaginal. Esta etapa é fundamental para o direcionamento dos demais exames complementares.
EXAME PREVENTIVO DO COLO DO ÚTERO (PAPANICOLAOU): segundo recomendações do Ministério da Saúde, essa rotina deve ser mantida até os 65 anos de idade. E se dois exames anuais consecutivos forem normais, o exame pode ter intervalo de três anos.
MAMOGRAFIA: necessária para rastreamento do câncer de mama, com início a partir dos 40 anos, repetida anualmente. A idade final deste rastreamento deve ser discutida individualmente, levando-se em consideração a expectativa de vida de cada paciente.
EXAMES DE SANGUE: imprescindíveis para avaliação metabólica da paciente e ajudam nas tomadas de decisão das vias de administração da TRH. Somente com os resultados é possível determinar a periodicidade.
ULTRASSONOGRAFIA PÉLVICA: não há consenso claro sobre sua periodicidade e algumas sociedades médicas preconizam realizar somente se houver reclamação de sangramento vaginal após a menopausa. A maioria dos médicos defende que seja anual.
DENSITOMETRIA: indicada a partir dos 65 anos para mulheres de baixo risco para fraturas osteoporóticas. Se o médico identificar fatores de risco, o pedido será antecipado. Para menopausa precoce, deve-se iniciar aos 50 anos.
E você, está com sua rotina ginecológica em dia?